Talk:Portugal/Propostas/Património edificado
Olá, Esta é uma proposta que me é muito cara, pois tenho experiência na área, já adicionei informação do género no mapa e sentia falta de um esforço coordenado da parte da nossa comunidade. Acho-a bem executada e apresentada, mas deixo algumas sugestões para a tornar mais completa:
1. Clareza de conceitos: para efeitos de documentação, é melhor alinhar a terminologia da proposta com aquela usada pela DGPC. Embora seja óbvio o sentido de "Património edificado", a DGPC não faz uso do termo e divide o património cultural em "Património Arquitectónico", "Património Imóvel" e "Património Móvel". O último, referente a obras de arte, não interessará contemplar nesta proposta, mas o Património Imóvel sim, pois há casos concretos que estão inventariados mas não são edifícios, (e.g. Campo da Batalha de Aljubarrota). Alternativamente, a proposta podia apenas adoptar a expressão "Património Cultural".
Além disso, não se está a fazer a distinção entre património classificado de património inventariado. Embora a proposta se refira essencialmente ao primeiro caso (património ao qual já foi atribuído um protection_title=*, publicado em Diário da República), há muito património inventariado, mas não classificado, que interessa mapear no OSM e cuja padronização deve também ser enquadrada.
2. SIPA: acontece que a base de dados da DGPC é uma reforma incompleta da sua antecessora SIPA. Este sistema, apesar de sempre ter funcionado muito mal e estar praticamente em vias de obsolescência, contém ainda muita informação que a DGPC não cobre, pois só o SIPA tem até ao momento fichas de património não classificado. A DGPC formulou ainda novos números de referência, pelo que um ref:dgpc=* é diferente de um ref:ipa=*, e nem todos os lugares têm ambos os cotejos.
3. heritage:website=*: Para ligar um objecto OSM à respectiva página web, seria então necessário acrescentar a tag heritage:website:sipa=* (taginfo, 2026 usos). De notar a incongruência entre ipa e sipa nos pontos 2. e 3. Isso tem a ver com o facto de em linguagem corrente se dizer que um lugar "tem um número IPA" mas "tem uma página no SIPA". Acho que se podia ainda uniformizar esta nomenclatura para sipa através de uma modificação em massa, mas quereria ouvir a opinião do hvalentim, que foi quem adicionou muitos dos ref:ipa=* (taginfo, overpass).
4. Categorias de protecção em falta: Além dos Monumentos e Imóveis, faltam ainda os Conjuntos e os Sìtios. Se for tido em conta a adaptação semântica da Padronização de "edifícios" para "bens culturais", estas adições fazem ainda mais sentido.
- protection_title=Conjunto de Interesse Público (e.g. Baixa Pombalina, Lisboa);
- protection_title=Conjunto de Interesse Municipal (e.g. Bairro Azul, Lisboa);
- protection_title=Sítio de Interesse Público (e.g. Castelo do Germanelo, Penela);
- protection_title=Sítio de Interesse Municipal (e.g. Moinho Gigante de Alburrica, Barreiro).
5. Tags opcionais: Uma ficha de património contém mais informações passíveis de serem adicionadas ao OSM:
- architect=* + architect:wikidata=*, embora disponível para poucos casos;
- ownership=* (DGPC/SIPA apenas atribuem o equivalente a public e private)
- owner=*, quando não particular (e.g. owner=Santa Casa da Misericórdia);
- heritage:ref=*, actualmente usada em Portugal (taginfo, overpass para as abreviações dos protection_title=* (valores possíveis: MN, IIP, IIM, CIP, CIM, SIP, SIM), mas usada no estrangeiro com valores numéricos. Talvez a key possa ser algo como protection_title:ref=* ou ref:protection_title=*.
6. Tags não recomendadas:
- start_date=*, a menos que se saiba comprovadamente uma data de criação de um dado lugar, não recomendaria copiar o que está escrito na DGPC/SIPA, pois uma grande falha das bases de dados portuguesas é a má qualidade das caracterizações escritas, que muitas vezes usam vocabulário inadequado, precipitam-se a estimar datações e não são actualizadas para reflectir as descobertas científicas mais recentes.
7. Relações: alguns monumentos são constituídos por mais que um objecto físico, pelo que estes devem ser agrupados numa relação que descreva uma só vez a respectiva informação patrimonial. Pessoalmente, ainda não ganhei experiência com relações, pelo que incluir um breve tutorial de como o fazer na documentação da Padronização, ou pelo menos um link a uma página apropriada, pode ajudar quem se interesse por esta tarefa a executá-la bem.
8. Monitorização: finalmente, se esta proposta for aprovada, seria interessante transformá-la num Projecto, criando a devida página com uma lista completa de lugares mapeados/a mapear, dividida por regiões, um pouco à semelhança do Projecto de Importação de Endereços.
Edit: Reparei agora que já contemplam os Conjuntos e Sítios. O ponto 4. torna-se então redundante.
--Selva (talk) 12:55, 15 December 2023 (UTC)
- As respostas foram dadas no fórum. --AntMadeira (talk) 00:21, 29 December 2023 (UTC)