User:Ftrebien/Drafts/Classificação viária urbana no Brasil

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Metodologia sugerida

A seguinte metodologia procura fornecer uma base mais sólida para fazer a classificação das vias urbanas no OSM. O objetivo é criar um sistema mais claro, consistente e ajustável.

Antes de alterar qualquer classificação, deve-se fazer um estudo buscando minimizar as quebras de expectativa dos usuários do mapa. O estudo envolve:

  • Refletir a importância de cada via para a mobilidade
  • Refletir as canalizações de tráfego (intencionais ou não) de vias locais para vias principais. Restrições legais, como as restrições de conversão e vias e mão única, bem como superfícies ruins e vias estreitas, direcionam o tráfego para as vias principais.
  • Estabelecer uma correspondência semântica entre as classificações formais (a municipal e a federal) e a classificação do OSM.
  • Partir de uma classificação mediana que elimine exageros (erros e fortes diferenças de opinião) presentes nas diversas fontes conflitantes entre si.
  • Refletir a importância e o uso real das vias com base no tráfego, na sinalização e em outras propriedades das vias conforme o caso de cada cidade.

As etapas do estudo prévio são as seguintes:

  1. Canalizações de tráfego
    • Superfície das vias. Localize todas as vias urbanas não-pavimentadas e adicione surface a elas.
    • Vias estreitas. Localize as vias públicas motorizadas extremamente estreitas, abaixo do padrão mínimo do plano do município, e classifique-as como highway=service + service=alley e adicione width=* (largura total média), maxwidth=* (largura mínima da pista subtraída de 50cm para folga mínima) e lanes=1. Em geral, uma via é estreita se dois carros de 2m de largura não puderem passar juntos mantendo a segurança dos pedestres, com 50cm de folga entre carros, pedestres e obstáculos (meios-fios, cercas, etc.), ou seja, se a largura da pista for inferior a 5,5m onde há obstáculos (área construída/urbanizada) e 4m onde não há. Excetuam-se as ligações (rampas de acesso a rodovias), que podem ser mais estreitas. Vias não-locais (terciárias ou superiores) com 5,5m de pista devem ter 1m de espaço reservado para pedestres em cada lado que tiver propriedades, ou seja, largura total de 7,5m com propriedades nos dois lados, 6,5 só num lado, ou 5,5m sem propriedades. Vias não-locais com 5,5m de pista que não têm largura total suficiente devem ser mapeadas como vias locais. Vias estreitas raras cuja largura total é mais do que dobro da largura da pista devem ser mapeadas como vias de pedestre com motor_vehicle=yes. Vias estreitas raras onde só motos podem passam devem ser mapeadas como highway=pedestrian + motorcycle=* + bicycle=*.
    • Cruzamentos de vias divididas. Certifique-se de que esses cruzamentos estão completamente mapeados, com as conexões e restrições corretas.
    • Sentido das vias e restrições de conversão. Certifique-se de que vias de mão única no mapa estão mapeadas corretamente, localize e mapeie vias de mão única que ainda não foram mapeadas, e mapeie as restrições de conversão, especialmente nos pontos críticos, como nos cruzamentos ao longo de grandes avenidas.
    • Moderadores de tráfego. Localize e mapeie as lombadas e outros moderadores de tráfego similares. Estes geralmente ocorrem em vias importantes e desejáveis à passagem mas que não comportam tráfego de alta velocidade, mas em alguns casos eles atuam como canalizadores de tráfego para outras vias no entorno.
  2. Semáforos e rotatórias. Mapeie a maioria dos semáforos e rotatórias, pois indicam que algumas vias de entrada são importantes.
  3. Correspondência semântica. Atribua as classes viárias municipais às classes viárias federais e às classes do OSM. Leia a definição das classes municipais no plano do município, pois muitos planos redefinem os termos comuns (arterial, coletora) e inventam outros (estrutural, principal, eixo, expressa, metropolitana, classe 0, classe 1, etc.).
  4. Classificação mediana inicial. Calcule a mediana das classificações das fontes confiáveis disponíveis (as mais usadas pelo público) para cada trecho de via, pendendo a classificação do plano diretor quando a mediana cair entre duas classes. Para calcular a mediana, ordene as classes de cada fonte e encontre o valor central da lista ordenada. Por exemplo, se a classificação de um trecho nas várias fontes for [ troncal, primária, troncal, local ] e a classificação no plano for local, ordene as classes ( [ local, primária, troncal, troncal ] ), encontre a mediana (entre primária e troncal), escolha o valor mais próximo do plano (primária) e classifique inicialmente como tal. Esta etapa requer estabelecer uma tradução das classes de cada fonte para as classes do OSM para então calcular a mediana.
  5. Fechamento das malhas. Rebaixe pequenas pontas e feche a malha de cada nível alto (do terciário para cima) onde houver pequenos buracos. Considere trechos de menos de 400 metros como pequenos (a distância de uma caminhada de 5 minutos, medida recorrente na engenharia de tráfego e no planejamento urbano). A malha de cada nível deve ser entendida abstratamente como uma rede de linhas ligando nodos correspondentes a entroncamentos/cruzamentos, e uma linha entre dois nodos não deve ter falhas onde a classificação baixe para subir novamente mais adiante. Quando isso ocorrer, considere remover abstratamente a linha da malha, rebaixando todo o percurso, se a maior parte do percurso for pouco importante, ou promover o trecho em falha, completando a linha.
  6. Vias marginais. Classifique cada via marginal conforme a classe da malha a que elas se ligam. Por exemplo, se ligarem a malha troncal à arterial, classifique-as como pertencentes à malha arterial.
  7. Efeito da intensidade do tráfego. Verifique a intensidade do tráfego (por exemplo, usando o Strava) e, considerando todo o conjunto dos dados já levantados no primeiro passo (superfície, sentido das vias e restrições de conversão), repita do nível mais alto da malha até o mais baixo, considerando:
    1. Promoção:
      • Rotas que formam binários. Lembre que essas vias nem sempre são adjacentes e, em alguns casos raros, podem ter várias quadras de separação.
      • Rotas com tráfego similar ao de outras de classe mais alta.
      • Entradas em semáforos ou rotatórias. Algumas dessas vias devem ser no mínimo terciárias, dos fluxos de tráfego no entorno.
      • Vias locais que funcionam como ligações entre vias importantes
      • Sistemas hierárquicos em grade, similares aos do planejamento das cidades norte-americanas (que aproximam as arestas de uma quadtree). Por vezes é necessário reconhecer grades bastante distorcidas pelo relevo, por rios, por favelas, ou outras situações inusitadas, como a existência de poucos pontos de cruzamento e de conversão à esquerda ao longo de uma via arterial dividida indicando implicitamente quais vias são coletoras. Em geral, espera-se que grandes espaços aproximadamente retangulares cercados por vias secundárias (ou superiores) sejam subdivididos em 4 partes por um par de vias terciárias que se cruzam. Se o retângulo for alongado, pode haver mais subdivisões ao longo do eixo mais longo. Se o espaço não for retangular, a subdivisão pode ser mais irregular, envolvendo menos partes e vias que se cruzam em ângulos menos retos.
    2. Rebaixamento:
      • Vias de alta classe que não são preferenciais ao longo do trajeto (com exceções possíveis mas raras). Observe as placas de Pare e Dê a Preferência nos cruzamentos ou, se ausentes, indícios de preferencialidade implícita, como tipo e geometria vertical do pavimento e a largura relativa das vias.
      • Vias de alta classe não-pavimentadas onde há pavimentação extensiva no entorno.
      • Pontas (linhas que partem de um nodo da malha mas não chegam a outro) que não levam a lugar algum e não exercem minimamente a função prevista no plano nas suas proximidades.
      • Vias de alta classe que passam por trechos muito estreitos. Planos diretores às vezes destacam essas vias sinalizando a intenção de ampliá-las, mas elas ainda não exercem a função prevista, exceto no caso de canalizações, mas nesses casos costuma ser bastante evidente pela sinalização que a via é adequada ao tráfego de passagem.
      • Vias de alta classe evitadas porque passam por trechos muito íngremes e escorregadios em dias de chuva.
  8. Efeito do limite de velocidade. Considere a correlação entre o limite de velocidade a importância da via deve onde for forte, frequentemente o caso de cidades grandes. Onde a correlação for fraca, como em muitas cidades pequenas do interior, ajuste conforme a cultura local. Em algumas dessas cidades, as vias arteriais podem ter tipicamente uma velocidade bem mais baixa (ex.: 40km/h), mas nem por isso são menos importantes. Nesses casos, a velocidade pode não servir para distinguir as arteriais das coletoras.
  9. Ajustes finais. Tente aumentar a similaridade das vias de cada malha, sem exagerar a densidade da malha para mais ou para menos. Por exemplo, promover uma via menor onde ela for vital, geralmente nas periferias, ou rebaixar uma via imponente onde há outras ainda mais importantes, geralmente no centro. Planos diretores e mapas populares costumam fazer isso e também levam em conta a fluidez: uma via menor pode ser tão fluída quanto uma maior se a quantidade total de tráfego nela for menor, e se além disso ela for vital por onde ela passa, ela então deve ser considerada importante. Em cidades one há alguma correlação forte entre alguma característica da via (perfil viário, ou velocidade) e a sua importância, use a correlação para aumentar a similaridade entre as vias de mesmo nível na malha do município, mas não aplique a outro município onde o mesmo não necessariamente vale.

Após concluir o estudo, transcreva o resultado para o mapa. Teste o roteamento e faça refinamentos sucessivos se necessário.

Atribuições por município

As atribuições listadas neste artigo são bastante gerais e não precisam ser seguidas à risca em todos os casos. Normalmente, são necessários ajustes caso a caso para corresponder à realidade. Mapas populares, embora tenham erros e estejam desatualizados em vários lugares, podem servir de inspiração para detectar essas situações, assim como o Strava e as pesquisas em campo (surveys), em particular para fazer o levantamento da sinalização viária e para identificar os fluxos viários predominantes. O objetivo desta atribuição é evitar que a classificação adquira significados muito diferentes de um município para outro e evitar que a densidade das malhas urbanas seja muito diferente entre municípios diferentes.

Em geral, na ausência de pavimentação, a classe final da via deve ser 1 nível abaixo da sua classe prevista no plano.

Legenda
Proibido pelo tamanho da cidade
Proibido mas coincidente com rotas intermunicipais
Permitido
Permitido mas sem fonte oficial
Permitido mas inexistente
Sigla Significado
LM Lei municipal
LCM Lei complementar municipal
PLM Projeto de lei municipal
PLCM Projeto de lei complementar municipal
LF Lei federal
DDF Decreto do distrito federal
DOM Diário oficial do município
Tipo de plano
Funcional (de tráfego) / hierarquia viária
Ideal para o OSM. Fortemente correlacionado com a importância da via para a mobilidade. Pode estar fortemente correlacionada com o limite de velocidade dependendo do lugar.
Ocupação / uso do solo
Voltado às leis que limitam certos tipos de edificação pública ou privada. Similar à hierarquia viária, mas às vezes diverge dela.
Perfil físico
Tende a produzir vias paralelas de mesma classe viária nos centros urbanos. Fortemente correlacionada à capacidade da via de acumular veículos no espaço, estejam eles em trânsito ou estacionados junto a estabelecimentos comerciais.
Local UF População[1] Definição Fonte Tipo Autoestrada
Trânsito livre e controle de acesso, só veículos rápidos
Troncal
Liga cidades grandes
Primária
Liga burgos e cidades pequenas
Secundária
Liga bairros e povoados
Terciária
Liga vizinhanças e lugarejos
Brasil 210147125 LF 9503/1997 art. 60
DNIT/IPR 740 seção 3
Funcional Expressa primária
Trânsito rápido

Controle total de acesso, trânsito livre, acessos especias, só veículos rápidos
Expressa secundária
Arterial principal rural

Liga regiões da cidade, interseções em nível
Arterial principal urbana
Arterial primária rural

Liga regiões da cidade, tráfego direto, percurso contínuo
Arterial secundária
Liga regiões da cidade, viagens com extensão intermediária
Coletora
Entra em vizinhanças, liga vias locais e arteriais, cruzamentos controlados
Abadiânia GO 20042 ? ? ? Regional Arterial Coletora
Acarape CE 14929 ? ? ? Arterial Coletora
Acaraú CE 62641 ? ? ? Rodovia Troncal
Água Fria de Goiás GO 5735 ? ? ? Arterial Coletora
Águas Claras DF 148940 DDF 38047/2017 art. 3 ? ? Circulação Secundária
Coletora
Alexânia GO 27653 ? ? ? Regional Arterial Coletora
Alvorada RS 210305 LM 2316/2011 LM 2316/2011 ? Estrutural Principal Secundária
Aparecida de Goiânia GO 578179 ? ? ? Estrutural Arterial Coletora
Aquiraz CE 80271 ? ? ? Rodovia federal Rodovia estadual Saídas
Aracaju SE 657013 ? ? ? Expressa Arterial
Principal
Coletora
Aracati CE 74547 ? ? ? Estruturação regional Estruturação central Coletora
Barra do Ribeiro RS 13618 LM 176/1967 art. 52 LM 176/1967 art. 63 Estrutural Avenida principal Rua de distribuição
Rua principal
Barbalha CE 59732 ? ? ? Rodovia estadual Troncal
Baturité CE 35750 ? ? ? Contorno
Troncal
Arterial Coletora
Beberibe CE 53573 ? ? ? Rodovia estadual Troncal
Belém PA 1492745 ? ? Perfil Estrutural Arterial Coletora
Belo Horizonte MG 2512070 ? ? Perfil Ligação regional Arterial Coletora
Bento Gonçalves RS 120454 LCM 200/2018 LCM 200/2018 ? Perimetral Estrutural
Arterial
Coletora
Blumenau SC 357199 ? ? ? Expressa Arterial Coletora
Bom Retiro do Sul RS 12448 LM 3402/2008 art. 54 LM 3402/2008 anexo 3 Funcional Principal Coletora
Brasília DF 3015268 DDF 38047/2017 art. 3 ? Funcional Principal Secundária Acesso
Brazlândia DF 52287 DDF 38047/2017 art. 3 ? ? Atividades
Circulação
Secundária
Coletora
Brejo Santo CE 49477 ? ? ? Arterial Coletora
Cabeceiras GO 7993 ? ? ? Regional Arterial Coletora
Cachoeiras de Macacu RJ 59303 LM 1653/2006 art. 169 LM 1653/2006 mapas 6 a 9 Funcional Arterial primária
Arterial secundária
Coletora
Cachoeirinha RS 130293 LCM 11/2017 LCM 11/2017 ? Estrutural Principal Secundária
Cachoeiro de Itapemirim ES 208972 ? ? ? Rodovia Arterial Coletora
Camocim CE 63661 ? ? ? Arterial Coletora
Campo Grande MS 895982 ? ? ? Trânsito rápido Arterial Coletora
Campos Sales CE 27426 ? ? ? Troncal regional Arterial
Binário
Coletora
Candangolândia DF 16848 DDF 38047/2017 art. 3 ? ? Atividades Secundária
Canela RS 45488 LM 4443/2020 anexo 1 LM 4443/2020 anexo 1 Funcional Conexão regional Anel viário
Perimetral
Coletora
Eixo turístico
Canindé CE 76997 ? ? ? Contorno
Acesso
Arterial
Coletora
Canoas RS 346616 LM 5961/2015 LM 5961/2015 ? Perimetral
Anel viário
Arterial Coletora
Carazinho RS 62265 LCM 178/2013 art. 113 LCM 221/2018 mapa 6 Funcional Rodovia municipal Via de ligação
Cariacica ES 381285 ? ? ? Corredor metropolitano Corredor arterial Eixo coletor
Cascavel CE 71743 ? ? ? Rodovia estadual Troncal Coletor
Castanhal PA 200793 ? ? ? Estrutura viária
Caucaia CE 361400 ? ? ? Troncal regional Troncal local Arterial Coletora
Caxias do Sul RS 510906 LCM 589/2019 LCM 589/2019 ? Contorno sul 3º anel viário 2º anel viário 1º anel viário
Arterial
Coletora
Intermediária
Ceilândia DF 489351 DDF 38047/2017 art. 3 ? ? Atividades
Circulação
Secundária
Coletora
Chapecó SC 220367 ? ? ? Rodovia federal Contorno viário
Rodovia estadual
Conexão rodoviária
Cocalzinho de Goiás GO 20240 ? ? ? Marginal
Arterial
Coletora
Colatina ES 122499 ? ? ? Rodovia Arterial Coletora
Crateús CE 75074 ? ? ? Rodovia
Expressa
Arterial
Circular central
Coletora
Crato CE 132123 ? ? ? Rodovia Troncal Coletora
Criciúma SC 215186 ? ? ? Rodovia estadual
Contorno viário
Arterial Coletora
Cruz Alta RS 59922 LCM 40/2007 art. 60 LCM 40/2007 mapas 3 e 5A Funcional Rodovia estadual ou federal Estrutural
Perimetral
Rodovia municipal
Coletora
Cuiabá MT 612547 ? ? ? Estrutural Principal Coletora
Curitiba PR 1933105 LM 14771/2015 art. 36 LM 14771/2015 anexo 3 Funcional Eixo estruturante metropolitano Eixo estruturante Ligação metropolitana
Principal
Coletora
Dourados MS 222949 ? ? ? Eixo principal
Perimetral
Estrutural
Eixo secundário
Coletora
Eixo de suporte
Parque
Duque de Caxias RJ 924624 LCM 1/2006 art. 29 LCM 1/2006 anexo II Funcional Expressa Arterial Coletora
Eldorado do Sul RS 41285 LM 2574/2006 LM 2574/2006 ? Marginal
Arterial
Coletora
Erechim RS 105862 LM 6257/2016 arts. 2 a 9 LM 6257/2016 mapa anexo ? Arterial Principal Coletora
Ligação
Esteio RS 83279 LM 6672/2017 art. 61 LM 6672/2017 anexo 4 Funcional Arterial Coletora
Eusébio CE 53618 ? ? ? Arterial Coletora
Farroupilha RS 73061 LM 4176/2015 art. 63 LM 4176/2015 mapa 15 Funcional Ligação regional Marginal
Arterial
Coletora
Eixo turístico
Flores da Cunha RS 31063 LCM 149/2019 art. 64 LCM 149/2019 mapas 3, 5, 6 Funcional Perimetral urbana
Avenida
Estrutural
Fortaleza CE 2669342 ? ? Ocupação Expressa Arterial Coletora
Frederico Westphalen RS 31498 LM 3286/2008 art. 34 LM 3286/2008 anexo 1 Funcional Corredor viário
Gama DF 141911 DDF 38047/2017 art. 3 ? ? Atividades
Circulação
Secundária
Coletora
Garibaldi RS 35440 LCM 3/2008 art. 55 LCM 3/2008 mapa 3 Funcional Rodovia Principal Coletora
Goiânia GO 1516113 ? ? Perfil Anel viário metropolitano Expressa Arterial Coletora
Gramado RS 36232 LM 3779/2019 art. 47 LM 3779/2019 vol. 2 anexo 2 Funcional Estrutural Arterial Coletora
Subcoletora
Gravataí RS 281519 LM 1541/2000 LM 3111/2011 ? Estruturadora Articuladora Coletora
Guaíba RS 98143 LM 2146/2006 LM 2146/2006 ? Principal Estrutural Coletora
Guaiuba CE 26064 ? ? ? Arterial Coletora
Guará DF 132685 DDF 38047/2017 art. 3 ? ? Atividades
Circulação
Secundária
Coletora
Guarapari ES 124859 ? ? ? Rodovia Arterial Coletora
Principal
Horizonte CE 67337 ? ? ? ? ? ?
Icó CE 68018 ? ? ? ? ? ?
Igrejinha RS 37340 LM 5105/2018 art. 20 LM 5105/2018 anexo 2 Funcional Conexão regional principal Conexão regional secundária
Eixo estrutural
Ijuí RS 83764 LCM 6929/2020 art. 194 LM 5481/2011 anexo 1 Funcional Conexão rodoviária regional Arterial
Eixo estrutural
Coletora
Via de capilaridade
Imbé RS 23271 LM 1474/2013 art. 168 LM 1474/2013 figura 4 Funcional Estruturadora Coletora
Imperatriz MA 258682 ? ? ? Corredor primário
Anel viário
Corredor secundário
Ipu CE 41964 ? ? ? ? ? ?
Itaboraí RJ 242543 LM 2762/2019 art. 2 LCM 252/2019 mapa 14 Funcional Rodovia federal Rodovia estadual Arterial Coletora
Itaguaí RJ 134819 LM 2608/2007 arts. 22 e 23 LM 2608/2007 anexo V Funcional Arterial
Setorial
Coletora
Itaitinga CE 37980 ? ? ? ? ? ?
Itapajé CE 52675 ? ? ? ? ? ?
Itapipoca CE 129358 ? ? ? ? ? ?
Itu SP 173939 DM 2938/2018 DM 2938/2018 Funcional Rodovia Arterial Coletora
Ivoti RS 24293 ? ? ? Estrutural Coletora
Jaboatão dos Guararapes PE 702298 ? ? ? Arterial Coletora
Jaguaribe CE 34682 ? ? ? ? ? ?
Japeri RJ 104768 LM 1408/2019 art. 30
DOM 16/12/2019
LM 1408/2019 anexo 2
DOM 16/12/2019
Funcional Rodovia
Expressa
Arterial Coletora
Ji-Paraná RO 128969 ? ? ? ? ? ?
Jijoca de Jericoacoara CE 19816 ? ? ? ? ? ?
Juazeiro do Norte CE 274207 ? ? ? ? ? ?
Juiz de Fora MG 568873 ? ? ? Eixo de estruturação urbana Eixo de articulação viária principal Eixo de articulação viária secundário
Lages SC 157544 ? ? ? Escoamento Coletora
Lajeado RS 84014 LM 11052/2020 art. 170 LM 11052/2020 anexo 2 Funcional Rodovia interestadual
Rodovia intermunicipal
Perimetral
Radial
Via de ligação
Limoeiro do Norte CE 59540 ? ? ? ? ? ?
Linhares ES 173555 ? ? ? Arterial Coletora
Macaé RJ 256672 LCM 76/2006 art. 180
LCM 141/2010 art. 152
LCM 76/2006 anexo 4
LCM 141/2010 anexo VIII
Funcional Trânsito rápido Arterial Coletora
Macapá AP 503327 ? ? ? Eixo prioritário para estruturação urbana
Maceió AL 1018948 ? ? Perfil Estrutural Eixo viário Coletora
Manaus AM 2182763 LM 2075/2015 LM 2075/2015 Funcional Grande perimetral Eixo urbano Estrutural Principal
Maracanaú CE 227886 ? ? ? ? ? ?
Maranguape CE 128978 ? ? ? ? ? ?
Maricá RJ 164504 LCM 145/2006 art. 55 LCM 145/2006 anexo 4 Funcional Estrutural Arterial Coletora
Mesquita RJ 176569 LM 355/2006 art. 26 LM 355/2006 anexo II Funcional Via de integração regional Via de integração intermunicipal
Via de integração municipal
Via de integração local
Mimoso de Goiás GO 2597 ? ? ? Arterial Coletora
Montenegro RS 65721 LM 5862/2014 art. 6 LM 5862/2014 anexo 1 Funcional Rodovia Estrutural Conectora
Paisagística
Morada Nova CE 61890 ? ? ? ? ? ?
Mostardas RS 12804 LM 456/1980 art. 49 LM 2596/2009 art. 24 ? Principal Secundária
Nilópolis RJ 162693 LCM 148/2019 art. 22 LCM 148/2019 arts. 22 e 23 Funcional Estruturante metropolitana Arterial Coletora
Niterói RJ 515317 LM 3385/2019 art. 224 PLM 8/2017 diagnóstico 2/3 Funcional Estrutural de nível 1 Estrutural de nível 2
Arterial primária
Transoceânica
Estrutural de nível 3
Arterial secundária
Coletora
Nova Iguaçu RJ 821128 LM 4092/2011 arts. 108 a 111 LM 4092/2011 quadro 1 Funcional Trânsito rápido Arterial Coletora
Nova Petrópolis RS 23177 LM 4917/2020 art. 21 LM 4917/2020 vol. 2 anexo 2 Funcional Estrutural Arterial Coletora
Subcoletora
Nova Russas CE 32328 ? ? ? ? ? ?
Novo Hamburgo RS 246748 ? ? ? Rodovia Arterial Coletora
Núcleo Bandeirante DF 25072 DDF 38047/2017 art. 3 ? ? Atividades Secundária
Coletora
Pacajus CE 72203 ? ? ? ? ? ?
Osório RS 46414 DM 80/2015 arts. 4 a 7 DM 80/2015 anexos 2 e 3 ? Estrutural Arterial Coletora
Pacatuba CE 83432 ? ? ? ? ? ?
Pacoti CE 12261 ? ? ? ? ? ?
Padre Bernardo GO 33835 ? ? ? Arterial Principal
Panambi RS 44128 LCM 8/2008 art. 126 LCM 8/2008 mapas 1 e 6 Ocupação Estrutural Principal Secundária
Paracuru CE 35076 ? ? ? ? ? ?
Paraipaba CE 32744 ? ? ? ? ? ?
Paranoá DF 48020 DDF 38047/2017 art. 3 ? ? Atividades Secundária
Coletora
Parobé RS 58272 LM 1840/2001 art. 31 LM 2282/2005 mapa anexo Ocupação Rodovia Principal
Anel viário
Coletora
Passo Fundo RS 203275 LCM 170/2006 LCM 170/2006 Funcional Eixo viário Principal Ligação
Pelotas RS 342405 PlanMob seção II.1.1.D PlanMob figura 14 Funcional Rodovia Arterial estruturante Arterial principal Coletora
Petrópolis RJ 306678 PlanMob seção 4.5 PlanMob seção 4.5.2 Funcional Arterial primária Arterial secundária Coletora
Planaltina DF 189421 DDF 38047/2017 art. 3 ? ? Atividades
Circulação
Secundária
Coletora
Piracicaba SP 404142 LCM 187/2006 LCM 187/2006 Funcional Anel viário Arterial Contorno
Radial
Coletora
Porto Alegre RS 1483771 LCM 646/2010 art. 6 LCM 646/2010 anexo 9 Funcional Arterial de 1º nível Arterial de 2º nível Coletora
Porto Velho RO 529544 ? ? ? Rodovia federal Rodovia municipal pavimentada Rodovia estadual pavimentada
Rodovia municipal não pavimentada
Queimados RJ 150319 LCM 91/2019 art. 52 LCM 91/2019 anexo 2 Funcional Expressa Arterial Coletora
Quixadá CE 87728 ? ? ? ? ? ?
Quixeramobim CE 81082 ? ? ? ? ? ?
Recanto das Emas DF 145304 DDF 38047/2017 art. 3 ? ? Atividades
Circulação
Secundária
Coletora
Recife PE 1645727 LM 17511 art. 76 LM 16176 anexo 7 Funcional Arterial principal Arterial secundária Coletora
Redenção CE 29053 ? ? ? ? ? ?
Restinga Sêca RS 15744 LCM 2/2010 art. 129 LCM 2/2010 anexo 10.3 Funcional Arterial Coletora
Riacho Fundo DF 40098 DDF 38047/2017 art. 3 ? ? Atividades Secundária
Coletora
Riacho Fundo II DF 51709 DDF 38047/2017 art. 3 ? ? Atividades Secundária
Coletora
Rio de Janeiro RJ 6718903 PLCM 33/2013 art. 27 PLCM 33/2013 anexo 3 Funcional Estrutural expressa Estrutural não-expressa Arterial principal Arterial secundária Coletora
Rolante RS 21453 LM 4050/2017 art. 20 LM 4050/2017 anexo 2 Funcional Rodovia Eixo estrutural
Perimetral norte
Rondonópolis MT 232491 ? ? ? Rodovia federal Rodovia estadual
Arterial 1
Arterial 2
Arterial 3
Coletora
Rosário do Sul RS 39314 LCM 2/2006 art. 32 LCM 2/2006 mapa 7 Funcional Via de transição
Arterial
Coletora
Secundária
Russas CE 78194 ? ? ? ? ? ?
Salvador BA 2872347 ? ? Funcional Expressa Arterial Arterial Coletora
Samambaia DF 254439 DDF 38047/2017 art. 3 ? ? Atividades
Circulação
Secundária
Coletora
Santa Maria DF 125123 DDF 38047/2017 art. 3 ? ? Atividades
Circulação
Secundária
Coletora
Santa Maria RS 282123 LCM 117/2018 art. 147 LCM 117/2018 anexo 14 Funcional Estruturante Arterial Coletora
Santa Rita PB 136586 ? ? ? Arterial federal Arterial estadual Principal Coletora
São Gonçalo RJ 1091737 LCM 1/2009 art. 47 LCM 1/2009 anexo V Funcional Estrutural N1 Estrutural N2 Estrutural N3 Coletora
São João de Meriti RJ 472906 LCM 89/2006 art. 26 LM 1723/2010 anexo II Funcional Estruturante metropolitana Arterial Coletora
São Leopoldo RS 238648 LM 9041/2019 art. 69 LM 9041/2019 mapa 3 Funcional Trânsito rápido Arterial nível 1 Arterial nível 2 Coletora
Pindamonhangaba SP 170132 PLM 16/2020 art. 38 PLM 16/2020 mapa 2 Funcional Via macrometropolitana Via metropolitana
Anel viário
Arterial Coletora
Salto SP 119736 LM 3783/2019 art. 10
LM 2771/2006 art. 10
LM 3783/2019 anexo 3
LM 2771/2006 anexos 3, 4 e 6
Funcional Anel maior Anel menor
Avenida
Via macro
Via radial
Parque linear
Avenida parque
Santa Cruz do Sul RS 131365 LCM 741/2019 arts. 116 a 122 LCM 741/2019 mapa 6 Perfil Rodovia Avenida radial
Avenida perimetral interna
Santa Rosa RS 73575 LCM 118/2017 art. 136 LCM 118/2017 mapa 10 Funcional Estrutural
Arterial
Coletora
Santo Antônio da Patrulha RS 42894 ? ? ? Principal
Santo Ângelo RS 77568 LM 4106/2016 arts. 11 e 12 LM 4106/2016 anexo 1 Funcional Estrutural
Perimetral
Arterial
Coletora
São Benedito CE 47903 ? ? ? ? ? ?
São Borja RS 60282 LCM 8/1997 art. 11 PLCM s.n./2011 anexo 2 Funcional Rodovia Transição
Anel viário de contorno
Perimetral
Estrutural
Coletora
Secundária
São Gabriel RS 62105 LCM 2/2008 art. 152 LCM 2/2008 anexo 2 Funcional Arterial
Arterial periférica
Coletora
São João del-Rei MG 90082 Inexistente Projeto básico - Termo de referência Descritivo Rodovia Principal
São José de Ribamar MA 177687 ? ? ? Corredor estrutural Corredor primário Coletora
São Lourenço do Sul RS 43501 LM 2839/2006 anexo 2 LM 2839/2006 mapas 3 e 7 Funcional Via de acesso
Arterial
Coletora
São Luís MA 1101884 ? ? Funcional Principal Secundária
São Mateus ES 130611 ? ? ? ? ? ?
São Paulo SP 12252023 LM 16050/2014 art. 238 PLM 688/2013 mapa 9 Funcional Trânsito rápido Estrutural de nível 1 Estrutural de nível 2 Estrutural de nível 3
Arterial
Coletora
São Sebastião DF 100161 DDF 38047/2017 art. 3 ? ? Atividades
Circulação
Secundária
Coletora
Sapucaia do Sul RS 141075 ? ? ? Anel viário Principal Secundária
Serra ES 517510 ? ? ? Metropolitana Arterial Coletora
SIA DF 1988 DDF 38047/2017 art. 3 ? ? Atividades
Circulação
Secundária
Coletora
Sinop MT 142996 ? ? ? Trânsito rápido Arterial Coletora
Sobradinho DF 68551 DDF 38047/2017 art. 3 ? ? Atividades
Circulação
Secundária
Coletora
Sobradinho II DF 100775 DDF 38047/2017 art. 3 ? ? Atividades
Circulação
Secundária
Coletora
Sobral CE 208935 ? ? ? ? ? ?
Sorocaba SP 679378 LM 11022/2014 art. 82 LM 11022/2014 mapa 3 Funcional Anel rodoviário Arterial Coletora
Taguatinga DF 222598 DDF 38047/2017 art. 3 ? ? Atividades
Circulação
Secundária
Coletora
Taquari RS 26907 LM 3832/2015 art. 38 LM 3832/2015 anexo III, mapa 3 Funcional Rodovia Anel viário
Principal
Coletora
Tauá CE 58859 ? ? ? ? ? ?
Taubaté SP 317915 LCM 412/2017 anexo I LCM 412/2017 anexo XVII Funcional Trânsito rápido Arterial
Expressa
Coletora
Teresina PI 864845 ? ? ? Expressa Arterial Coletora
Terra de Areia RS 11315 LM 1988/2011 art. 9 LM 1988/2011 anexo 7 Funcional Rodovia estadual Arterial
Via de transição
Coletora
Tianguá CE 75946 ? ? ? ? ? ?
Timbó SC 44238 ? ? ? Arterial
Intermunicipal
Coletora
Trairi CE 55918 ? ? ? ? ? ?
Tramandaí RS 52632 LCM 25/2017 art. 9 LCM 25/2017 anexo 1 Funcional Rodovia de ligação regional Arterial Coletora
Tremembé SP 47714 LCM 283/2014 art. 149 LCM 299/2016 anexo III Funcional Trânsito rápido Arterial
Expressa
Coletora
Três Coroas RS 28581 LM 3616/2016 art. 26 LM 3616/2016 anexo 2 Funcional Rodovia Estrutural Coletora
Tubarão SC 105686 ? ? ? Rodovia Arterial
Marginal
Coletora
Uruguaiana RS 126970 LCM 3/2014 art. 12 LCM 3/2014 mapa 2 Funcional Arterial classe 1 Arterial classe 2 Principal Coletora
Vacaria RS 66218 Plano viário Plano viário Funcional Eixo rodoviário Corredor de tráfego Coletora
Venâncio Aires RS 71554 LCM 128/2018 arts. 82 a 85 LCM 128/2018 anexo 6 Funcional Anel externo Estrutural
Anel central
Via de transição
Coletora
Viçosa do Ceará CE 60889 ? ? ? ? ? ?
Vila Velha ES 493838 ? ? ? Arteiral classe 0 Arterial classe 1 Principal de bairro
Coletora
Vitória ES 362097 ? ? ? Arterial metropolitana Arterial municipal Coletora
Volta Redonda RJ 273988 LM 4441/2008 art. 32 LM 4441/2008 anexo VI Funcional Estrutural Arterial Coletora
Votorantim SP 122480 LCM 4/2015 art. 111 LCM 4/2015 mapa 5 Funcional Expressa Arterial Coletora
Parque

Classificação funcional

A classificação funcional é definida da seguinte forma na legislação municipal:

  • Função da via é o seu desempenho de mobilidade, considerados aspectos da infra-estrutura, do uso e ocupação do solo, dos modais de transporte e do tráfego veicular.[2][3]

Situações especiais

Sistemas incompletos

Alguns planos diretores citam a distância de 400 metros como parâmetro para projeto e/ou atribuição do sistema coletor. A ideia é que uma pessoa usando transporte público ou particular (táxi) possa chegar a qualquer destino (ex.: serviço central, residência) caminhando no máximo 5 minutos após deixar o transporte motorizado. Vários lugares parecem estar usando essa distância como unidade de planejamento para as suas vias coletoras, no sentido de que duas coletoras paralelas geralmente estão a no máximo 800 metros de distância uma da outra. Especialmente nas periferias, por vezes isso é respeitado apenas numa direção, e geralmente é a direção bairro-centro. Existe, portanto, a intenção de que as malhas coletora e arterial tenham uma cobertura mínima na área urbana, ou seja, que tenham uma densidade mínima. Coincidemente ou não, serviços como o Waze têm usado a distância de 300 metros como máximo permitido para passagens por vias não-pavimentadas. Como essas vias costumam ocorrer em áreas não-urbanizadas, a ideia talvez tenha relação com poder buscar socorro em no máximo 5 minutos de caminhada caso o veículo sofra uma pane numa via dessas.

Quando a via não está construída (pelo menos pavimentada), formando um buraco maior do que essa distância na malha, é desejável então divergir do plano diretor para que o usuário do mapa saiba que talvez corra algum risco ao visitar o local. Se, no entanto, a via estiver minimamente construída (pavimentada), mesmo que não tenha o perfil viário definitivo (largo/duplicado) e as pessoas já estiverem usado ela da forma pretendida, é desejável acompanhar o plano diretor se a sinalização e o uso das vias esteja de acordo com a função pretendida no plano.

Áreas densamente urbanizadas

Em centros urbanos densos, o problema é inverso ao das periferias: em geral, todas as vias estão construídas e muitas são largas. Na prática, nem sempre a via de maior porte é a que flui melhor. Tipicamente, a barreira ao fluxo é a sinalização viária: direção das vias, placas de parada, limites de velocidade, semáforos, etc. A intensidade do tráfego também é uma barreira, mas mais difícil de avaliar. Em geral, a sinalização viária responde aos problemas do tráfego. Dessa forma, o conjunto da sinalização viária implementa uma canalização do tráfego que produz função nas vias. Por isso, classificar as vias das áreas densas com base somente no perfil físico tende a produzir uma classificação ruim e pouco útil. Nessas regiões, o plano diretor ajuda bastante, mas a melhor classificação geralmente é um quebra-cabeças complexo que requer avaliar todas essas características em conjunto e observar as preferências dos motoristas (especialmente os que trabalham com transporte de pessoas ou logística).

Várias cidades não têm um projeto adequado: algumas têm vias principais muito estreitas (geralmente sem alternativa), outras têm vias largas projetadas como uma grade imposta a um relevo acidentado sem preocupação com a inclinação das vias (geralmente com alternativas de contorno). Os motoristas acabam evitando essas vias, optando por contornos menos íngremes. De forma similar, em periferias com muitas vias sem pavimentação e umas poucas com pavimentação, os motoristas acabam preferindo as vias pavimentadas, mesmo quando isso produz zigue-zagues que divergem do plano diretor. Dessas formas, o comportamento dos motoristas acaba atribuindo função às vias, evitando as suas principais deficiências. Nessas situações, é desejável que a classificação identifique, em cada caso, a função atribuída na prática em cada local. Alterações na sinalização e a pavimentação de novas vias frequentemente altera e pode inclusive inverter a função de vias, criando novas vias principais e tornando as antigas principais menos relevantes para a mobilidade, mesmo que a antiga via principal não tenha perdido sua infraestrutura/perfil físico. Nesses casos, é desejável que a classificação da antiga via principal seja revisada (para baixo) de modo que as relações entre vias próximas indiquem claramente o novo caminho preferido.

Alterações temporárias

Durante as enchentes de 2024 no Rio Grande do Sul, observou-se que, diferente de outras fontes, o Waze é bastante propenso a promover a classificação de rotas de desvio que se tornaram rotas principais temporárias. Nessa situação, a classificação por consenso talvez admitiria uma pequena elevação temporária para a rota de desvio, por exemplo, de highway=unclassified para highway=tertiary, sem rebaixar a rota principal. O rebaixamento da rota principal pode ocorrer quando um trecho dela for completamente destruído e houver uma declaração oficial de que não será reconstruída.

Referências